Por que você deveria assistir a 7 temporada do Black Mirror

Vivemos em uma era em que o que antes parecia distante, agora bate à nossa porta.

A série Black Mirror sempre teve o dom inquietante de antecipar futuros e, hoje, esses futuros são o nosso presente. 

Desde sua primeira temporada, a série criada por Charlie Brooker nos provoca a refletir sobre os limites (ou a ausência deles) da tecnologia em nossas vidas.

Cada episódio é um espelho — negro e brutal — de nossas escolhas digitais, mostrando que o brilho da inovação, quando não acompanhado de consciência e ética, pode facilmente se transformar em sombra.

Agora, com a chegada da 7ª temporada, Black Mirror reafirma seu papel. Nesta temporada, podemos dizer que não estamos diante apenas de um entretenimento, mas sim de um alerta elegante e implacável. E, curiosamente (ou tragicamente?), nunca foi tão atual para quem trabalha com Marketing Digital.

Se você acha que Black Mirror é apenas uma série de ficção, talvez esteja perdendo a maior aula sobre o futuro — e sobre como devemos conduzir nossas marcas e negócios no ambiente digital.

Vamos entender por que você deveria assistir à 7ª temporada de Black Mirror — especialmente se você leva seu marketing (e sua responsabilidade com o mundo) a sério.

Black Mirror e a hiperexposição: O preço de viver conectado

O primeiro episódio da 7ª temporada nos mostra um mundo onde a exposição digital é tão intensa que não existe mais separação entre o íntimo e o público.

Se pararmos para pensar, é exatamente isso que o Marketing Digital promove quando feito de forma irresponsável. A transformação da privacidade em moeda de troca, que fique claro, isso não pode ser mais aceito ou suportado. 

Uma conexão com o marketing que precisa ser feita com as empresas é sempre lembrar que cada dado coletado, cada história compartilhada, carrega sentimentos reais. Prudência e respeito à privacidade não são apenas compliance, são atos de humanidade.

A crítica ao imediatismo e o culto ao algoritmo

A série retrata com maestria como o imediatismo, turbinado por algoritmos que premiam impulsos, pode levar a decisões desastrosas.

No marketing digital, a ânsia por curtidas, engajamento a qualquer custo e campanhas virais às vezes atropela o que deveria ser o principal, o propósito.

Passar por cima de valores humanos apenas para escalar performance é um erro estratégico. Não tenha dúvida de que os resultados para quem deseja campanhas ignorando o humano terá consequências na imagem mais cedo ou mais tarde. 

Uma reflexão estratégica que jamais pode deixar de ser feita é o que na Incandescente, temos como pilares. Nos acreditamos que não existe atalho para criar valor verdadeiro. O bom marketing respeita o tempo da construção sólida,  não se rende à ansiedade.

Marketing ético: Mais do que uma opção, uma necessidade

Black Mirror grita silenciosamente que o futuro pertence a quem souber alinhar tecnologia com valores.

No marketing, manipular emoções sem responsabilidade é como brincar com fogo em um campo seco. Pode gerar atenção no curto prazo, mas destrói a confiança no longo.

Um aprendizado para marcas que precisam estar nos times de marketing é justamente que as empresas precisam construir narrativas pautadas em verdade e respeito. No marketing da Incandescente, ética e consciência vêm antes da criatividade.

O perigo da desumanização nas interações digitais

Quando tudo vira número curtidas, visualizações, leads, esquecemos que por trás de cada clique existe um ser humano.

O episódio inicial da nova temporada nos lembra disso de maneira brutal: a tecnologia sem humanidade transforma relações em transações.

Podemos ainda dizer que na série Black Mirror, fica evidente que o  marketing digital deve ser mais do que falar com algoritmos, precisamos falar para pessoas. No coração da estratégia está o entendimento genuíno do outro.

A responsabilidade de ser protagonista da mudança

Em Black Mirror, personagens que tentam se isentar acabam colhendo as consequências de sua omissão, isso é diferente na vida real?

Claro que não. Mas entenda não a digital sem humano. Tire a tomada dos computadores que não existirá nenhuma IA. 

Uma clara ignorância de muitas empresas no marketing digital pode ser também considerada uma omissão ou ainda práticas abusivas são a utilização de fake news, clickbaits enganosos e exploração emocional de campanhas. Não podemos compactuar com elas ou com tais estratégias. 

Deveríamos em nossas empresas e como líderes de marketing que somos escrever em pedra a sentença a seguir para toda campanha de marketing construída, precisamos ser protagonistas, questionar. 

Assim, ajude seu time ou fale conosco. Mas tenha este lema em sua empresa:  

Construa estratégias que, além de vender, melhorem o mundo.

Na Incandescente, nossa bússola é o impacto positivo.

A importância da curadoria e da autenticidade

Num mundo saturado de estímulos, o que se destaca não é o que grita mais alto,  é o que fala com verdade.

O primeiro episódio da 7ª temporada mostra como a curadoria de conteúdos (ou a falta dela) pode moldar realidades paralelas, falsas e perigosas.

Aposte na autenticidade. Produza conteúdos que eduquem, inspirem e conectem — e não apenas que “performam” para agradar algoritmos.

Black Mirror e o Marketing Digital: Um convite à reflexão diária

Ao assistirmos à nova temporada, uma pergunta ecoa. “Estamos usando a tecnologia para aproximar ou para alienar?”

No Marketing Digital, essa pergunta deveria ser um mantra diário. Porque, no final, marketing não é sobre vender coisas. É sobre construir relações. É sobre criar pontes que sejam fortes o bastante para atravessar o tempo e humanas o suficiente para resistir ao brilho enganoso dos atalhos fáceis.

Por que a Incandescente se conecta com essa visão? Porque acreditamos que empresas que colocam prudência, valores humanos e bom senso no centro de suas ações não apenas sobrevivem: elas lideram, inspiram e transformam.

Assistir à 7ª temporada de Black Mirror não é apenas um programa de fim de semana,  é um exercício profundo de autocrítica para todos nós que trabalhamos com marcas, estratégias e emoções.

Se Black Mirror é um espelho do que podemos nos tornar, o marketing digital precisa ser o espelho do que escolhemos ser: éticos, humanos, responsáveis.

E você? Está pronto para construir um marketing que sobreviva ao teste do tempo — e do coração humano? Na Incandescente, estamos prontos. Vamos juntos?

Forte abraço e deixe seu comentário para nós.

Sobre o autor,

Benício Filho – Formado em eletrônica, graduado em Teologia pela PUC SP, e Filosofia pela universidade Dom Bosco, Mestre pela Universidade Metodista de São Paulo na área de Educação, MBA pela FGV em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios, pós-graduado em Psicanálise pelo Instituto Kadmon de Psicanálise. Atua no mercado de tecnologia desde 1998. Fundador do Grupo Ravel de Tecnologia, Sócio da Core Angels Atlantic (Fundo de Investimento Internacional para Startups), sócio fundador da Agência Incandescente, e sócio fundador da Atlantic Hub e do Conexão Europa Imóveis ambos em Portugal, atua como empresário, escritor e pesquisador das áreas de empreendedorismo, mentoring, liderança, inovação e internacionalização. Em dezembro de 2019, lançou o seu primeiro livro “Vidas Ressignificadas”, em dezembro de 2020 seu segundo “Do Caos ao Recomeço”, e em janeiro de 2022 o último publicado “ Metamorfose Empreendedora”.